Yayoi Kusama é uma artista e escritora nascida no Japão em 1929. Sua arte é contemporânea, multimídia, incluindo aí: a pintura, a escultura, colagem, instalações ambientais, performances artísticas, conceitual.

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Com uma percepção e visão diferente da realidade, ela é atormentada por visões distorcidas enxergando “bolas e pontos” em tudo o que vê, “pontos do infinito” como ela diz.

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Desde a infância sofre alucinações devido à esquizofrenia. Ela diz: “minha arte é a expressão da minha vida, sobretudo da minha doença mental. Traduzo as alucinações e imagens obsessivas que me atormentam em esculturas e pinturas”. Com o tempo, passou a preencher pisos, paredes, telas, objetos, e até pessoas com suas bolinhas, de um jeito surreal, leve, alegre e colorido.

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Ela diz que sua mãe era uma mulher de negócios e que jamais aceitou a sua “veia artística” chegando a agredi-la várias vezes quando criança.

Mudou-se para Nova York aos 27 anos e trabalhou com grandes nomes da arte moderna e contemporânea como Andy Warhol, Joseph Cornell, Claes Oldenburg, Donald Judd e logo passou a liderar o movimento da vanguarda. Suas obras podem ser vistas em vários países como: Japão, EUA, Venezuela, Espanha, Brasil, etc.

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Quando vivia em Nova York nos anos 60, inaugurou a Kusama Fashion Company onde vendia seus tecidos e vestidos com estampas de bolinhas. A Bloomingdale’s (varejista) lhe ofereceu um espaço onde vendia suas roupas/moda/criação vanguardistas/diferentes, como o vestido “Homo Dress” que tinha um corte estratégico na parte de trás e custava 15 dólares.

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Numa viagem de Marc Jacobs a Tóquio (na época era o designer criativo da Louis Vuitton) ele se sentiu atraído pela “energia infinita” de Yayoi Kusama e propõe uma parceria. A parceria “foi encantadora” diz Marc Jacobs e, em 2012 acontece a coleção “Infinitely Kusama” onde Yayoi estampou com suas icônicas bolinhas roupas, sapatos, bolsas e acessórios.

“A atitude sincera de Marc Jacobs em relação à arte é a mesma que a minha” diz Yayoi Kusama, “eu o respeito como um designer magnífico!”

Ela encontrou na arte a fuga e o tratamento para sua doença se tornando um dos grandes nomes da Arte Pop ainda viva. Ela diz: “Se não fosse minha arte já teria me matado há muito tempo. Minha cura é a arte!”

Atualmente vive e trabalha em Tóquio.

Sayonara!

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Glenda Balbino Ferreira é pianista, publicitária, curso de moda incompleto, empresária dona da camisetaria VISHI e mãe de Theo Charbel, 55 anos.

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