Esse roteiro é pra quem gosta – e pra quem não gosta também mas tá afim de dar uma variada no cardápio – de comédias, algumas românticas, outras dramáticas mas com uma certa leveza, e sem cair naquela mesmice dos blockbusters americanos. Desde que eu me entendo por gente, a minha mãe assiste muitas comédias, as mais bestas fazem ela cair na gargalhada, mas as francesas também sempre estiveram presentes e entraram pra minha lista de gêneros preferidos. <3

 

Nada a esconder | Fred Cavayé (2018)

O filme original é o “Perfetti sconosciuti” do diretor italiano Paolo Genovese mas já tem duas adaptações, a comédia mexicana “Perfectos desconocidos” de Álex de la Iglesia e a comédia francesa “Le seu” ou “Nada a esconder”, aqui no Brasil. A adaptação francesa de Fred Cavayé traz a história de um grupo de amigos que decidem abrir seus celulares durante um jantar, o que significa “abrir seus celulares”? Eles deixam todos os celulares juntos e cada mensagem que eles recebem será lida em voz alta, é óbvio que isso não vai dar certo, né, rs. A trama é carregada de situações conflituosas a partir desse momento, até porque a maioria ali são casais. É comédia mas é dramática, pois os conflitos acabam acarretando em várias situações inesperadas pelos personagens durante a noite.

 

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain | Jean-Pierre Jeunet (2001)

Provavelmente alguém já falou desse filme pra você, mas eu não posso deixar ele de fora dessa lista: Amélie é uma jovem do interior que acaba de se mudar pra Paris e trabalha em um café, levando uma vida monótona mas rica em cores – com seus pequenos prazeres muito bem representados no filme -, um dia ela encontra uma caixinha com vários objetos antigos escondida em seu apartamento. Como uma pessoa sensível, julga aqueles pertences como sendo uma memória afetiva e decide ir atrás de encontrar o dono daquela caixa. A busca por essa pessoa envolve a protagonista em uma reviravolta que a leva a viver diversas aventuras e se envolver com personagens peculiares que transformam todo o seu destino.

 

Eu não sou um homem fácil | Éléonore Pourriat (2018)

“Eu não sou homem fácil” é uma comédia romântica francesa que tem como protagonista um típico machista que objetifica as mulheres e define as pessoas por seus estilos e atos de forma sexista (um típico machista). Esse é mais um filme do tipo “Sexta-feira muito louca”, mas que vai além de uma lição sobre como você deve tratar as pessoas, ele é carregado de aprendizados feministas. O que acontece aqui é que: Damien, – o protagonista – após bater a cabeça em um poste na rua, acorda em um mundo totalmente invertido onde homens e mulheres vivem situações opostas, ou seja, os homens sofrem com o femismo ao invés das mulheres sofrerem com as imposições do machismo. Você já imaginou esse mundo? Assiste o filme que você vai ver um pouquinho do que a diretora idealizou sobre isso.

 

O pequeno Nicolau | Laurent Tirard (2009)

“Le petit Nicolas” é uma comédia infantil em que nosso protagonista, o pequeno Nicolau, se depara com a notícia de que sua mãe terá um novo bebê! A surpresa – e a influência de seus amigues – faz com que o menino ache que será abandonado pelos seus pais após o nascimento da criança, um terror que assombra váries filhes mais velhes. O longa de Laurent Tirard é inspirado na obra de Jean-Jacques Sempé e René Goscinny (1959) e traz uma atuação maravilhosa de Maxime Godart (o pequeno Nicolau), que se mete em diversas confusões acerca do conflito em que ele mesmo se envolve. Um filme leve e engraçado, que apesar de ser infantil, traz tanto o olhar inocente da criança quanto do adulto, os pontos de vista dos dois lados da história.

 

Minha irmã de Paris | Anne Giafferi (2019)

A atriz famosa Julie Varenne está entrando em decadência pois não consegue mais agradar seu público, quando seu assessor consegue um papel em um novo trabalho pra um filme de comédia, ela decide fazer um procedimento estético que não dá muito certo deixando o seu rosto meio desfigurado. Por coincidência, alguns dias antes ela conheceu uma sósia – que por sinal era sua fã – e tem a brilhante ideia de chamá-la pra atuar como dublê no filme, mas sem ninguém saber. O desenrolar do filme de Anne Giafferi é carregado de situações inusitadas e como toda comédia tem seu toquezinho de drama, bom para ter um mix de emoções!

 

 

Compartilhe!
Economista, realizadora audiovisual, produtora e ativista cultural. A arte é intrínseca aos seus múltiplos olhares.

Deixe um comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here