Marc Jacobs encerrou a Semana de Moda de Nova York, no dia 12 de fevereiro de 2020, celebrando a cidade com um desfile de forte impacto e criatividade. Apresentou uma coleção inspirada nos anos 60 e 90 mas com uma releitura moderna, para uma mulher contemporânea. As roupas dessa coleção são minimalistas, monocromáticas, com uma alfaiataria impecável, contém muita informação de moda como texturas, brilhos, rendas, capas, rosas de seda tridimensional, luvas metalizadas…

Na passarela, o seu casting foi uma mistura de modelxs, dançarinxs (de todas as cores e shapes), e contou com a participação surpresa da cantora Miley Cyrus. A platéia, bem intimista, com poucos convidados, estava sentada em mesas de jantar, tipo participando de um banquete de moda e inusitadamente interagindo com o espetáculo.

Foi um desfile/performance diferente, teatral e com uma certa dose de extravagância. Com drama e sentimento, trouxe as influências culturais de hoje para uma conversa com o passado, nos oferecendo uma sofisticada expressão de sentimentos.

Pra mim, o ponto alto, foi o impacto poético da colaboração da genial coreógrafa Karole Armitage (diretora artística da Companhia de Dança Armitage Gone! Dance) que diz: “meu objetivo é que o movimento astuto e expressivo de meus dançarinos, por sua vez, leve o público a contemplar o mistério de suas próprias vidas”. Conhecida nos anos 80 como a “bailarina punk”, diz ainda: “existem forças que nos movem e que entendemos e outras que não. Minhas danças são combinações de ambas. O objetivo final de reunir essas forças é criar um movimento bonito e simbolicamente significativo que acelere o nosso senso do mundo”.

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Glenda Balbino Ferreira é pianista, publicitária, curso de moda incompleto, empresária dona da camisetaria VISHI e mãe de Theo Charbel, 55 anos.

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