Por Yasmin Nobre*

Das pandemias atuais…

Que angústia, pandêmica.

Que angústia, política.

Que angústia social.

Que angústia humana.

Atualmente penso que ser humano é sinônimo de angústia,

Com ressalva aos bebês que ainda não compreendem o mundo.

Sorte deles.

Azar o nosso.

Que mundo é esse de 2020?

Que surto é esse em 2020?

Quando vi a pandemia,

Vi horror, vi tristeza e desespero,

Mas quando olhei a sociedade,

Nem sei dizer o que vi…

O Brasil está algoz,

Não há ninguém que olhe por nós…

Não há justiça vinda de nenhum lugar, não há perspectiva.

Não há consciência.

A morte torna-se banal, somos só mais 1 “e, daí?”

Somos caixões vazios, talvez vazios para os poderosos,

Mas com certeza caixões cheios para quem amamos.

Somos silêncio, somos números econômicos, somos restos, somos insetos.

Somos tudo, menos pessoas.

Somos massa de manobra.

Somos um silêncio que nos soca, que nos mata.

Parece mesmo que o Brasil vive um casamento. Como adora comparar aquele que não merece ser mencionado.

Daqueles casamentos que o marido violenta a esposa todos os dias.

São violências de todos os tipos e todas as horas.

Mas a esposa por não saber seus direitos, por não saber sua grandeza e seu poder,

Aceita a grande mentira de que “nasceu para ser subordinada”.

Segue sofrendo;

Segue calada;

Segue morrendo.

Por favor, acorda Brasil. Não precisamos nos submeter à tirania.

Não podemos permitir que nosso povo se desfaça em misérias.

Não podemos permitir que a humanidade nos seja negada.

Nós somos um povo forte, um povo que sobrevive,

Mas está na hora de ser o povo que realmente luta pelos seus.

*Yasmin Nobre, 24 anos, mestranda em filosofia

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