Por Fábio Guimarães*

Nossa! a coisa tá feia!

Tem candidato derrotado (e que deve estar com tremenda raiva) que produziu uma insanidade: incentivou a invasão da residência de outro candidato.

Um diz que o outro é torturador e recebe , em troca, a pecha de nazista.

Outro diz que vai extinguir as dívidas dos pobres (sempre os pobres são os ‘iludidos’ nestas histórias).

“Vai acabar com o salário mínimo” – delira um outro.

“Não deixará nascer homossexuais ” – dizem que um disse (mas o bichinho homem nem nascera ainda…).

A coisa tá feia!

Tentaram matar um candidato.

Dizem que dispararam contra uma manifestação de um concorrente.

Um líder carismático, condenado e cumprindo pena, leciona ao sujeito que concorre em seu lugar.

Até apelidaram o indivíduo de “poste” e alguns adjetivos constrangedores.

O vizinho de meu colega não o cumprimenta mais – mandou que este devolvesse um martelo emprestado.

Há o caso do motorista sem gasolina em uma estrada pouco utilizada a quem fora negado socorro porque havia um adesivo do candidato contrário pregado na porta do carro.

Dizem, não tenho a mínima certeza do episódio, que dois assaltantes desistiram do assalto porque a vítima votava no candidato dos criminosos. “Você é gente ‘fina’ irmão! Fique na paz” – teria dito um dos meliantes.

Mataram um capoeirista, eis que o finado era eleitor de candidato diverso do matador.

Depois já não era mais isso.

Teve candidato que bebera tanto café que agora está tratando de gastrite.

Outros foram tão mal votados, caíram tanto, que até hoje ainda não foram encontrados.

A coisa tá feia!

Já falam em falta de ‘safenas’ e ‘mamárias’ para “pontes” ou “pinguelas” no músculo cardíaco prejudicado com certos resultados dessas eleições – um absurdo!

Eu acho que a campanha eleitoral – evitando todos os males – deveria iniciar numa segunda ( não vamos estragar o sábado e domingo) e terminar na terça.

Falam tanta bobagem, que um dia é suficiente e preservaria a alegria dos eleitores e não causaria tanta confusão.

Eu iria até em uma missa…

 

*Fábio Guimarães é poeta, escritor, advogado e professor da UFMT,                                
foi Defensor Geral em Mato Grosso.

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