A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizou um evento cultural na semana passada que contou com três lançamentos: dois livros e um CD. O evento foi organizado pelos professores Teresinha Prada e Roberto Victorio e aconteceu no auditório do Instituto de Linguagens/Faculdade de Comunicação e Artes.
Os livros que foram lançados são “Música Ritual Bororo e o mundo mítico sonoro”, de Roberto Victorio e o “Catálogo Comentado da Bienal de Música Brasileira Contemporânea de Mato Grosso”, de Teresinha Prada e Roberto Victorio. Já o CD leva o nome de “Trilogia Bororo”. Como um bônus foi relançado também em parceria com o site Cidadão Cultura o filme Aroe Jari, média metragem, documentário, dirigido por Eduardo Ferreira, que você pode ver aqui.
Quase um susto na plateia de olhos arregalados e ouvidos abertos. Quase uma síncope! Dissonantes, desconexões, reconexões, a surpresa está sempre a um passo quando se ouve música contemporânea erudita. A matemática é outra. A expansão do conceito leva a caminhos difíceis de se traduzir em palavras.
A Trilogia Bororo contém uma carga de espiritualidade e magia quase incompatíveis com esses dias que vivemos, dias tão estéreis, fora da perspectiva do sonho e das utopias que deveriam nos mover.
É preciso sintonia para captar a música essencial. É preciso se desvestir de conceitos musicais restritivos e abrir a percepção para a música que nos conecta a outras dimensões.
Música é física pura. Somos corpos que transcendem quando travamos um diálogo sensível e criativo com a música. Quando mergulhamos, ou, nos permitimos mergulhar no êxtase que vem das profundidades da alma. Essa coisa que a ciência costuma não reconhecer, esse conhecimento que não está escrito e diagramado em concepções limitadas da ciência do ser.
Um vento que passa e dá um sopro na alma levando a mergulhos ancestrais.
Avante! Para trás, a lá Dionísio, o Silva de todos os Brasis. Cavaleiros sob o sol – que a mística faz poeira onde não já há chão.
Preciso conhecer esse trabalho, pena que não fiquei sabendo do concerto, gostaria de assistir de corpo presente.
vale a pena e muito conhecer. volta e meia assisto a concertos de música contemporânea com essa turma, quase sempre na Ufmt.