Por Glauber Lauria

“O que mais demandar de um escritor senão devolver-nos à nossa própria precariedade?”

Antonio Carlos Secchin

 

Rolam os dados da morte

caem vidas como guimbas

como filas que se acumulam

onde não cabem suicidas

 

Rolam os dados da morte

almas caem no limbo

corpos crispam-se infectos

vão as almas aos quintos

 

Rolam os dados da morte

não fazem mais que silêncio noturno

sem que para eles toquem

a porra de um belo sino

 

Rolam os dados da morte

não trazem símbolos ou artifícios

desconhecem distinções de classes

martelo de feitiçarias para vivos

 

Rolam os dados da morte

Glauber Lauria é poeta e publica regularmente aqui no Cidadão Cultura.Nascido em 1982, publicou de forma independente o livro Jardim das Rosas em Caos, já participou de três antologias em diferentes estados brasileiros e possui poemas publicados nos seguintes periódicos Sina, Acre, Fagulha, Grifo, Expresso Araguaia e A Semana.

Deixe um comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here