Um dos temas fundamentais para se debater a Internet é o da liberdade da troca de arquivos, principalmente de conteúdos culturais e científicos. A partir daí, já se colocam – por si – várias questões para se debater. Como exemplo, a questão do direito quanto à propriedade intelectual,  direito autoral, flexibilização quanto ao uso de conteúdos, compartilhamento livre, RIP, remix, etc.

1dcb494aead77972e3eab93ca36788e6A questão que se coloca é, como essas relações devem ser regidas? Para além do Copyright, muita gente tem optado por outros tipos de regulação como, Creative Commons e Copyleft.

Agora mesmo estão com uma proposta no Congresso Nacional, através da CPI da Censura, como vem sendo chamada, que tem como primeira assinatura a do deputado Eduardo Cunha, de definir o que deve ou não ser permitido e várias outras formas coercitivas e limitadoras da liberdade de expressão entre outros pontos.

A internet viabilizou um novo tipo de cooperação no desenvolvimento de produtos. O sistema operacional Linux continua como principal exemplo, pois conquistou uma grande  fatia do mercado planetário disputando com os gigantes proprietários. Disponível de graça na internet, cada programador do mundo pode modificá-lo e melhorá-lo. Ninguém é dono do programa, mas todos se beneficiam dele.

“É um novo modo de produção, em que os trabalhadores não dependem do mercado e nem de um patrão”, afirma José Fernando Perez, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Esse modelo de trabalho viabilizou algumas das pesquisas científicas mais avançadas do país, como a decodificação de genomas e o mapeamento de toda a biodiversidade do Estado de São Paulo.

“Nós interligamos pela internet centenas de doutores de diversas universidades, fazendo-os parte de um mesmo instituto virtual. Com isso, reduzimos custos, disseminamos o conhecimento e aumentamos a visibilidade dos projetos”, disse José Fernando em entrevista recente.

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Para completar o pacote de maldades, os caras das telefonias querem limitar o uso impondo o fim da Internet ilimitada. Querem criar faixas de cobrança a mais além do plano que você adquirir. Já estão dizendo que é o fim da era da Internet ilimitada. Isso por si só já vai diminuir e muito a capacidade da maioria das pessoas de pagar por isso, inibindo o uso ativo e efetivo que vem incomodando muito políticos e detentores dos direitos de explorar a telefonia no Brasil. A sociedade reagiu a isso e setores do governo também são contra. Todos querem ganhar mais, essa é a lógica de todo esse movimento que não leva em conta os benefícios que a internet livre pode trazer aos brasileiros.

Nota de última hora: Anatel suspende cobrança extra pela internet fixa, por tempo indeterminado. A decisão é do Conselho Diretor da Agência que se reuniu nesta sexta-feira (22). O Conselho vai analisar o assunto e não há prazo para concluir o processo. Até lá. as operadoras ficam proibidas de reduzir velocidade, suspender serviços ou cobrar pelo tráfego extra.

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