o triunfo da idiotice marca esse tempo. bestagens soltas feito tempestades. neuras. tempestades de ocasião. imprevistas. a mente delineia o que se prevê em tentativas de equacionar os problemas.

a paçoca no pilão se espalha entre dedos medos e a farinha. um temperinho bom.
sal pra boiada. a viagem nem começou. chutei cocô. achei que era uma pequena folha, marrom, clara, como abóbora. no meio da cozinha, no chão, na marca do pênalti. chutei.
sujou, limpa! sempre é tempo de limpar as coisas.

alguém disse que não existe culpa.

a entropia é a mais pura forma de poesia. sujeitos entre acasos numa ação permanente – múltiplas células agrupando desagrupando reagrupando – mas todo refazer implica outro caminho em outro tempo. a geografia nunca mais será a mesma. já mudou.

consciências em torpor criam sentidos entorpecidos pelo medo de que se morre a cada milésimo de segundo. a vida nada mais é que exercitar o morrer e morremos a  todo instante. conclui-se daí que o mundo todo morre a cada nanosegundo.

a paranoia é alimento no novo mundo. combustível para o medo da Inevitável Destruição Mútua. todo Império que se preza tem medo um do outro, desejável vizinho que abastece minha despensa de aglomerados bélicos. gasta-se uma fortuna nas guerras que alimentaria de verdade enormes populações. mas a sentença está escrita há milênios. o sistema é de morte. se alimenta de morte e de paranoias paralisantes. igual jogo de criança. Stop!

justifique. se você tem um celular você tem
quase. tudo.

meus amigos estão noiados. um apocalipse na cabeça como comprimido, doses diárias de fetiche escatológico a iluminar suas histerias. hakim bay via tiago f. pimentel, o pescador, rio via rede mundial – repousa o link na manhã de ressaca. é sábado, tento andar na sombra. cuiabá tá quente. calor infernal produzindo cascas grossas, pele de peixe, escamosa, suarenta, coro duro, grosso, pra suportar essa estufa que nos cozinha aos poucos. caldeirão dos infernos. ave.

vou deixar as letras escorrerem tenho preguiça de aparar. deixa.
os pássaros estão histéricos lá fora. bateu um vento. vento vento que notícias trazes? tempestade neural. furacões. calor. lotação.

finalizo com hakim bey: “Qual a importância de termos descoberto uma forma de destruir a vida na Terra? Quase nenhuma. Nós imaginamos isso como uma forma de fuga da contemplação de nossas próprias mortes individuais. Criamos um emblema para servir como imagem-espelho de uma imortalidade descartada. Como ditadores dementes, desfalecemos ao pensar em levar tudo conosco para o fundo do Abismo.”

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