Por Glauber Lauria
São madrugadas de silêncios
São voos de acidentes
São vagas noites insones
São não realizados desejos
São horas em soslaio
São minutos obliterados
São segundos sem sentimentos
São cartas sem remetentes
São ansiedades do despejo
São energias em sobejo
São poemas incompletos
São livros inconclusos
São recados ao olvido
São gestos dentro do vazio
São acenos ao vento
São horas para serem esquecidas
São quase acentos de desespero
São fórmulas de findar os dias
São uma forma de ser
De preservar o não dito
Tentar esquecer
Aquilo que é impossível
Glauber Lauria é poeta e publica regularmente aqui na Cidadã(o) Cultura. Nascido em 1982, publicou de forma independente o livro Jardim das Rosas em Caos, já participou de três antologias em diferentes estados brasileiros e possui poemas publicados nos seguintes periódicos Sina, Acre, Fagulha, Grifo, Expresso Araguaia e A Semana.