“Power-trio de canção-rocknroll-pop-experimental de São Paulo […]”

Em busca do encanto mágico de viver e perdido na imensidão de ansiedade e sentimentos conflitantes que permeia a cabeça de qualquer sujeito, caminha entre epifanias e prisões mentais nosso herói anônimo, carregando nas costas o peso de uma geração suscetível a colapsos e sobrecargas, angustiada com o nada, com a falta de projeção de futuros imediatos, mas que ao mesmo tempo enfrenta com dentes afiados os monstros e fantasmas que surgem de um passado nada distante.

Um personagem que talvez tenha espaço na personalidade de muita gente, principalmente da geração de 90, que hoje se divide entre os que tentam entrar, os que tentam sair da universidade e os que se apavoram com o tamanho do buraco pós-formatura. O tempo e principalmente a sua percepção são fatores determinantes nas mediações sociais, no modo como as pessoas sentem o mundo e a si mesmas.

Espero que você tenha chegado até aqui pra eu te falar que: escute essa música, e depois a gente conversa.

“[…] Formado por Tim Bernardes, Guilherme D’Almeida e Biel Basile.”.

Destaque_oterno

O tal do terno.

Ainda sobre o tempo: um som que desacelera, paira no ar, pra depois acelerar e sujar e quebrar alguns instrumentos na sua cabeça, e tudo isso não dói, não destoa e é bom pra caramba. E em meio a esse temporal repentino eu descubro a paz do caos e a beleza da contemplação num retrato contemporâneo e num conselho daqueles mais valiosos: tenha calma.

Porque você não precisa casar com 25 anos. Porque você não precisa e nem pode planejar e prever o resto da sua vida, não com menos de 90 anos. E sobretudo porque a vida é sua. Isso não tem a pretensão de ser uma crítica músical, porque não domino a música como técnica e os verdadeiros críticos mandariam me queimar vivo, mas fica uma tentativa de registro de algo que eu sinto e, de novo: calma, jovem.

E de quebra Di Melo, pra não perder a oportunidade.

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