O visual anos 50/60 foi sua marca registrada. Ícone fashion fez do estilo pin-up uma referência pessoal, com os vestidos curtos de cintura marcada (em linha A ou godês), os acessórios no cabelo (lenços, flores), sandálias peep-toes de salto, sapatilhas de ballet em looks diurnos, o delineador bem marcado (mais grosso e comprido), as tattoos old school nos braços, era sempre presente o estilo vintage no seu visual.

O seu penteado foi inspirado no estilo beehive que foi desenvolvido/inventado por Margaret Vinci Heldt, cabeleireira americana que em 1950 abriu seu salão “Margaret Vinci Coiffures”, só que com uma releitura particular era cheio de acessórios e bem comprido.

Nascida em Londres, uma cidade que desde os anos 60 tem lançado designers/estilistas que ditam moda e continuam lá, tipo Vivienne Westwood, Stella McCartney entre outros, a capital continua mostrando o “caminho” e acima de tudo respeitando a individualidade de cada um. Amy, uma cantora de alma genuinamente punk, teve a liberdade de seu estilo respeitada e copiada mundo à fora.

A intensidade de sua vida era mostrada também na sua aparência, revivendo estilos do passado, se expressava livremente com looks inconfundíveis, como uma extensão de sua personalidade/originalidade e gosto.

Jean Paul Galtier dedicou à Amy Winehouse o seu desfile de Alta Costura Primavera/Verão 2012. Foi também inspiração para Karl Lagerfeld em 2007. Lançou uma linha de roupas (17 modelos)  em parceria com a marca britânica Fred Perry que  a vestiu por muitos anos.

Musicalmente era fã incondicional dos ritmos negros americanos como o jazz e o blues. Naturalmente incomum, com uma voz esplêndida/forte/marcante, torna-se uma estrela/mito com um talento indiscutível.

Foi citada no jornal londrino The Evening Standard como uma das pessoas mais influentes na moda e na música.

Foi lançado no Brasil em 2015 o documentário “AMY” que ganhou o Oscar de melhor documentário em 2016.

Morreu em 2011, aos  27 anos, a mesma idade em que morreram também ídolos como Janis Joplin, Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Jim Morrison, Brian Jones, nos deixando uma perturbadora ausência.

Intensa, visceral, permanece e renasce em cada canção, alada e eterna, tal a força da sua energia. Puro deleite!

Goodbye!

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Glenda Balbino Ferreira é pianista, publicitária, curso de moda incompleto, empresária dona da camisetaria VISHI e mãe de Theo Charbel, 55 anos.

Comentário

  1. Cara a sua abordagem desse moça é de uma naturalidade, gostei muito pois não reflete nenhum tipo de moralismo ou tendência disso ou daquilo o que vemos é uma figura super cool e que veio arrasante!!!!!!!! passarinho num vôo rasante e visceral UAU!!!!!!muito massa…

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