Click!
Entendi!
Já parou pra pensar em como funciona a luz?
Qual a natureza dessa coisa que oferece a paisagem ao olho?
É informação. Pura e simplesmente.
Informação viajando no ar.
Não concorda? Pois eu insisto.
Prova? Provo.
Por acaso é possível ver informação?
A que tá escrita no papel não vale.
…
Não dá.
Informação é uma ideia dentro da cabeça de alguém.
Se não tem alguém, não tem ideia.
Pois com a luz é a mesma coisa.
Sem coisa pra mostrar a luz passa batido.
Você não a vê viajando no ar, você vê o objeto que ela acerta.
As informações são para as pessoas o que a luz é para os objetos. É por onde a coisa existe.
Ou melhor, por onde nós (humanos) percebemos sua existência.
Bonito isso, né?
Também achei.
Click!
Um daqueles saltos de conhecimento que acontecem de tempos em tempos depois de um tempo de informação acumulada, tipo o barranco que parecia firme e forte até o exato instante antes de ceder.
O conhecimento é isso. O barranco que despenca de uma vez.
Note bem, não é do nada. É de uma vez.
Tem diferença.
Ah! Depois dessa vou até pegar o isqueiro! Fiquei feliz.
Fiquei feliz…
Por quê?
Tudo bem, é normal ficar feliz quando temos a sensação de progresso. Normal.
Mas por quê?
Click!
Já sei! É por causa do pai!
(Ou da mãe)
No fundo é isso.
“Olha pai! Olha! Olha o que eu sei fazer!”
Lembra dessa fase?
Todo mundo passa né.
Na verdade não. Mais ou menos.
Passa e não passa.
Um pouco fica.
Esse pouco que fica é a fonte de felicidade do click.
A sofisticação amadurecida do “olha pai”.
A testemunha total da trajetória.
A pessoa que sabe melhor do que ninguém de onde você saiu, e justamente por isso é a mais capaz de perceber o tamanho do salto.
O tamanho do click.
Click!
Mandei uma foto pro meu pai. Saudade dele.
