Rafaela Dalla Vechia

“O ser humano, quando chega ao mundo, não está terminado. A educação tem por objetivo desenvolver suas potencialidades para levá-lo à compreensão de seu lugar na Terra e de seus vínculos com o Universo. A escola não tem por finalidade fazer de nós somente profissionais, mas também pessoas em evolução ao longo da vida”. (Micheline Flak)

Este artigo tem por finalidade demonstrar a prática do Yoga como um importante instrumento de apoio na melhoria do ensino em sala de aula, contribuindo no aprendizado dos alunos. Para isso, baseia-se nas obras: “Yoga na Educação: integrando corpo e mente na sala de aula” e “Niños que Triunfan: El Yoga em La escuela”, ambos foram escritas pela Micheline Falk em parceria com Jacques de Coulon e também no site criado pelo Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Cataria: http://www.ced.ufsc.br/yoga.

O movimento “Pesquisa do Yoga na Educação – RYE (Research on Yoga in Education), surgido na França e fundado pela professora Micheline Falk, em 1978, propõem técnicas de Yoga simples – postura, respiração, relaxamento e concentração em quantidades pequenas durante toda a aula, para melhorar a aprendizagem através da unificação do corpo com a mente, criando um ambiente de amizade, harmonia e bem estar entre os alunos e destes com o professor. A abordagem pedagógica do RYE se difundiu pela Europa e pelo mundo. No Brasil veio por intermédio do Prof. Diego Arenaza Vecino da Universidade Federal de Santa Catarina, desde 2004, “Yoga na Aprendizagem” é uma disciplina curricular do curso de pedagogia da UFSC.

YOGA NA EDUCAÇÃO

O Yoga é uma palavra em sânscrito e pode ser traduzida por UNIÃO. Vive-se atualmente uma crise no ensino. Nos deparamos com diversas dificuldades: extensas horas de trabalho carregadas de atividades intensas, gerando stress, ansiedade, desmotivação, impaciência.  As crianças parecem cada dia menos concentradas, mais agitadas e com pouca ou nenhuma confiança em si mesmas. Os professores e pais também, parecem ter uma tendência excessiva de duvidarem de si mesmos. E até que ponto o nosso estado de espírito influência as crianças com as quais convivemos e nos responsabilizamos na escola ou na família? O Yoga é uma ferramenta que contribui para equilibrar as energias, focar a atenção, afrouxar as tensões físicas e mentais e proporcionar um ambiente mais agradável e produtivo para o trabalho em sala de aula. Os professores reconhecem que a educação passa por um período difícil, em parte porque os desafios aumentaram, e também, pela desvalorização social da profissão de educador e da educação em si. Entre os desafios está a erradicação do fracasso escolar, da evasão e da repetência. Na década de 60, o psiquiatra e educador búlgaro Georgi Lozanov utilizou a respiração e o relaxamento yogue com seus alunos nas aulas de língua estrangeira e descobriu que há um estado de “vigília relaxada” que aumenta a qualidade do aprendizado. As pesquisa sobre o cérebro avançam com o neurofisiologista Roger Sperry, prêmio Nóbel em 1973, que fala das especificidades do cérebro humano. O Yoga fornece exercícios práticos que trabalham os dois hemisférios cerebrais. A Educação tradicional valoriza apenas o lado esquerdo do cérebro, a racionalidade, o coeficiente intelectual. É preciso se aprender com todo o cérebro.

 

Rafaela Dalla Vechia. Instrutora de Yoga. Graduada em Licenciatura Plena em 
Pedagogia na UFMT. Especialista em História e Cultura Afro-brasileira – 
Universidade Cândido Mendes(RJ)

 

 

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