Tsunami fake na mídia

A quantidade de notícias fakes na rede mundial, a manipulação de dados, argumentos e emoções, através de verdadeiros exércitos da informação que detém o controle do pensamento midiático de forma estratégica, arquitetada por mentes brilhantes, tornam a vida um imenso vídeo game, acontecendo e interagindo com nossas vidas tudo ao mesmo tempo agora.

Isto é fato e é muito sério.

Do outro lado da trincheira estão os soldados do “bem” armando suas estratégias de defesa e ataque em nome da esperança por tempos mais progressistas. O imenso e infinito tabuleiro virtual vai colocando as posições diariamente, ora em suas retaguardas, ora com seus centroavantes. Praticam jogadas para espalhar a discórdia ou semear esperança.

A manipulação da vida passa a ser corriqueira e praticamente invisível aos olhos anestesiados de nossos comparceiros humanos. Agora, em escala planetária, interligados como fios invisíveis, somos feixes de emoções provocados de todos os âmbitos possíveis.

Todo mundo reagindo a estímulos externos (serão internos?), dessa grande conexão que nos enreda. Tudo agora se reconfigura. Tudo se religa religiosamente em dia como se nada existisse antes disso e isso realmente é incrível. Os jovens de hoje, na faixa dos quinze aos vinte anos, realmente não conseguem imaginar uma vida sem a internet. É como se o mundo tivesse efetivamente começado com o advento da internet. Antes seria o quê??? Um pré-mundo? Um mundo desconfigurado, desconectado? Como assim?

A questão das notícias fabricadas para desconstruir ou confundir as percepções públicas, por exemplo, sempre existiram, as redes sociais também, mas as bases tecnológicas eram outras. Digo isso para que fique claro, o homem é o mesmo sempre. Apenas seus dispositivos mudaram, as novas formas de conexão alteraram sua capacidade cognitiva e aceleraram a velocidade das informações, verídicas ou não. E ponto. Ora, será que os dinossauros eram apenas hologramas a comer grama na real?

A Rússia sempre foi expert em contra-informação, ou na manipulação eficiente de informações, disseminadas por agências (estatais ou não) de mídia, desde os tempos da Guerra Fria, quando procurava desestabilizar os americanos plantando notícias falsas e alarmantes sobre determinados temas ou possibilidades de eclodir algo maior e mais terrível.

Recentemente a Rússia tem sido novamente acusada de disseminar informações desestabilizadoras na Suécia com vistas a confundir a opinião pública em relação à questão da entrada ou não dos suecos na OTAN, que hoje é a política externa de maior investidura do governo de Putin. Alimentam paranoias terríveis tipo a de que os soldados da Otan com a liberdade concedida em território sueco seriam capazes de praticar estupros em massa e não serem responsabilizados por isso.

Os americanos juram que os russos manipularam os e-mails da Hilary Clinton e favoreceram a vitória de Donald Trump, amigo pessoal de Vladimir Putin, e por aí vamos.

Aqui no Brasil, um assunto que veio à tona e que se relaciona com os expostos acima, foi a denúncia do Julian Assenge, fundador do Wikileaks, que afirma que o presidente (?) Temer literalmente entregou informações confidenciais do governo brasileiro para os EUA em troca do apoio ao impeachment da presidenta Dilma.

A guerra está esquentando no mundo todo.  Estamos sentados sobre um grande barril de pólvora e o fio queima queima, burn!  Essa é uma imagem antiga recorrente nos desenhos animados.

Donald no poder não lhe remete à alguma coisa? O grande parque de diversões assume o poder mundial e agora se diverte com as guerras. Vivemos uma distopia.

Mas, preste atenção! Isto não é um vídeo game. A realidade assola vossas pobres cabeças. Não há remédio para curto prazo, é preciso refazer percursos, refazer a própria história.

Mas aí já é uma outra história.