Mary Bagesteiro

Uma parte segura a tranquilidade,

a outra a preocupação…

É a floresta organizada…

O bom vinho fresco que se conserva de tantos anos..

Viemos parar aqui, a quanto tempo?

Nada para elucidar a resposta.

Inicio e fim!

E para castigar também não haverá resposta.

O espermatozoide vem fecundar, sobretudo nada sabe ainda de sua designação.

Mas segue pelo fato de ser o inicio, o primeiro

a chegar no fim da ejaculação…

Segue assim então.

Cada coisa na sua partícula.

Cada cromossomo no seu gênero..

Cada qualidade no seu gozo.

Cada poder a exercer sua graduação…

Engraçado como o gelo derrete e vira a água que é o meu combustível.

A estranha censura esconde o amor explicito, mas pede que tu ame….

Ame o próximo e torne-se igual ao amor, sendo só amor, sendo que só o amor constrói..

Então deixa que amem, em todo o lugar….

Sem logro…

Sem jogo…

Só amar e amar, amar!

Apetitoso é o manjar,

a fagulha que se desprende quente,

e sem moral, sem limites, para o abusar de todo o ser que conjuga-se paixão!

Isto é o corpo simples…

È alma!

O laçar…

O içar..

O agitar…

O ouvir, ver…

O notável intimo,

extraordinário que só existe no lúbrico….

Passou um morcego por mim quando eu voltava para casa, ao acaso foi que vi suas asas prateadas, que batiam em liberdade…

Não foram ao acaso pois o acaso não existe….

Parapsicologia talvez!

Conhecidencia…

Sincronicidade…

Pois é grande a vontade de voar!!!

E, no meio da noite tudo se vê.!

A esquina é assombrada e me dá arrepio, mas ainda estou sóbrio, pois o bom vinho é escasso!

Prefiro viver separadamente do mundo…

Procurando apenas o trecho da passagem aqui neste apartamento de soldados de botas usadas, e de grandes pasteis…

Que é o mundo.

Nas cores da parede.

Penetrante parede.

Ao atingir a parede o canário canta, por isso não gosto de pássaros em gaiolas.

Fim e inicio,

daquilo que prevalece,

até o dia do quadrilátero quem sabe…

Ainda temos um saldo,

então que comecemos a pedir perdão.

Antes de formar a tempestade e vir da constelação, o bilhete

de uma mulher em dores de parto.

 

Mary Bagesteiro, poeta. “Sou uma buscadora e posso dizer que ativista do ser… Isto querendo dizer que o conhecimento é o grande pano de fundo de todos os meus dias. Assim sendo sou insaciável, sempre serei uma buscadora querendo aprender.”

 

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