Imaginar um futuro não é algo simples, especialmente se você vive no Brasil, situação que se agrava se a sua localização for Mato Grosso. Como imaginar um futuro diante da realidade que se impõe crua e cruel? Como sair do lugar em que se encontra para exercitar a mente em direção à um horizonte possível?

Se não somos capazes de imaginar um futuro no qual ainda existimos, precisamos nos apropriar desses cenários que não nos cabem, não nos incluem, e que nos levem a pensar em uma perspectiva de vida para além de nós.

Refletir sobre o momento distópico que vivemos e propor esse exercício criativo sobre o futuro aparentemente sem perspectiva talvez seja uma forma de, pelo horror, gerar desconforto e provocar reações contra o estado das coisas. O medo que sentimos diante do iminente perigo é uma forma de defesa fundamental que nos faz recuar diante dos riscos que corremos nas mais diversas situações. É um sentimento capaz de potencializar nossos sentidos de autopreservação. As histórias de terror sempre provocaram fascínio nas pessoas.

Uma “espiadinha” nas obras premiadas em Artes Visuais (só para dar um gosto de quero mais!)

O exercício criativo de imaginar futuros distópicos, como no concurso Dixtopia, foi uma experiência incrível e provocou muitos artistas e escritores de Mato Grosso a soltarem sua criatividade e participar. E como são criativos! Foram mais de 300 inscrições entre Artes Visuais e Literatura. E como foi difícil selecionar e escolher aqueles que consideramos os 12 melhores trabalhos. Dói na carne cortar tantos trabalhos em condições de serem premiados. Os pareceristas sofreram muito com essa tarefa.

Em breve, o conteúdo será publicado em formato de revista, lembrando a todos do potencial criativo e crítico da classe artística de Mato Grosso. Cenários futuros inesperados surgiram de mãos e mentes hábeis e esperamos que possam contribuir para a reflexão sobre o tempo presente e os espectros funestos que se avizinham.

As obras elaboradas para o concurso comprovam a diversidade dos artistas que aqui vivem. O impacto do que chegou expandiu mentes e alargou corpos; atravessou pessoas e universos inteiros; recaiu sobre nós como um raio do avesso; neurônios não se recuperaram do tombo e ainda tateiam o caminho de volta pra casa, que nunca mais será a mesma.

Esperamos dar continuidade a esse concurso em um futuro próximo, quem sabe um futuro melhor, quem sabe um DIZ UTOPIA.

Comissão Organizadora/Realizadora: 

Marianna Marimon – Diretora artística

Leonardo Roberto – Produtor Executivo

Eduardo Ferreira – Editor da revista

Carol Marimon – Produção 

João Fincatto – Diagramação

Alessandra Marimon – Revisão

Lidiane Barros – Assessoria de Imprensa

O projeto “Dixtopia” é realizado com recursos do edital da Lei Aldir Blanc – viabilizado pelo Governo de Mato Grosso via Secretaria de Esportes, Cultura e Lazer, em parceria com o Governo Federal, via Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.

Deixe um comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here