Em Mato Grosso, Cuiabá concentra as ações de mobilização da classe artística frente à extinção do MinC. Desde a segunda-feira vem sendo realizadas reuniões de articulação do movimento que culminou com a ocupação da sede regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) efetivada na tarde de quarta-feira (17).

A mobilização chega hoje ao terceiro dia, fortalecido pela crescente adesão de profissionais de várias linguagens artísticas e ainda, de movimentos sociais e estudantis que o incorporaram.

Foto: Amilton Martins
Foto: Amilton Martins

Várias personalidades das artes brasileira tem se manifestado nacional e internacionalmente contra o que consideram um golpe à legitimidade das políticas públicas de cultura que vinham sendo empenhadas pela descentralização do acesso à cultura, valorização à diferença e respeito às liberdades. O grupo acredita que é impossível ter o MinC de volta, com o governo que se estabelece no comando do país.

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O grupo responsável pela décima ocupação de um prédio do MinC no país, comemorou durante a madrugada desta quinta-feira (18), mais uma nova ocupação, desta vez, a Funarte de Brasília (DF).  Fortaleza (CE), Natal (RN), Aracajú (SE), Recife (PE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR) mantém-se firmes. Assim como nessas cidades, não há previsão de fim da ocupação em Cuiabá.

Com a superintendência do Iphan-MT foi definido que as atividades do órgão federal seguem normalmente, simultaneamente à ocupação. O movimento não quer causar qualquer dano ao funcionamento do órgão, porque afinal, reafirma a necessidade da continuidade das políticas culturais também ao instituto voltado à salvaguarda e preservação do patrimônio histórico mato-grossense. É também pelo Iphan que o movimento se configura.

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A superintendente substituta do Iphan-MT, Amélia Hirata acolheu a manifestação. “Assim como os artistas, o Iphan também é pela cultura, somos da cultura. Prezamos apenas pelo diálogo”, disse.

Por isso mesmo o movimento segue dentro da normalidade, mas muda o cenário do Iphan, oxigena o espaço com a realização de atividades culturais e provoca a interação com o órgão. Nesta quinta-feira, a superintendente – dentro da programação do dia – fala sobre a atuação do Iphan em Mato Grosso, às 15h30.

Antes, haverá oficina de teatro inspirada nos jogos de improviso de Augusto Boal e Viola Spolin, com Edilaine Duarte e Caio Augusto Ribeiro, do Teatro Laboratório Experimental. Das 16h30 às 17h30, tem oficina de Composição e Canção com Caio Mattoso. Das 20 às 22h, plenária geral. A partir daí, o palco é livre.

Foto: Amilton Martins
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