Nos últimos meses venho escutando muitas bandas brasileiras, seja por indicação de outros músicos, indo aos shows, ou pela velha e boa internet. O estranho é que comecei a reparar que meus artistas favoritos não são naturais de São Paulo (tida como a grande metrópole da música) e sim do mato, e começo a me perguntar se isso não seria uma identificação inconsciente já que eu vim do mato também.

Dentre eles estão: Jaloo (PA), Far From Alaska (RN), BaianaSystem (BA), Lucas Cyrne (PE), Letuce (RJ), Rubel (RJ), Carne Doce (GO), Boogarins (GO)

Digo que é uma identificação inconsciente por que esses artistas não abordam necessariamente o mato como tema de suas canções, as vezes sim, as vezes não, as vezes metaforicamente, as vezes literalmente.

Sempre gostei de fugir em direção as árvores, de ir para a Chapada dos Guimarães com meus amigos sem nenhum motivo aparente, andar descalça na grama, deitar nas folhas, respirar fundo sem medo. É isso, não precisa de motivo, só de estar lá é o grande motivo.

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Acredito que essa conexão com a natureza seja uma grande fonte de inspiração, é nela que percebemos que ainda somos animais, que fazemos parte de algo muito maior, perdemos um pouco desse nosso egocentrismo barato, e a melhor parte: ficamos sem 3g!

Quando falo em inspiração não me refiro só aos artistas, e sim a todos nós (até por que para mim todos somos artistas, mas deixa esse assunto pra outro texto), pois todos temos momentos de reflexão/contemplação e acabamos trazendo isso para o nosso dia a dia, e essa é a grande sacada: Conciliar nosso instinto com nosso trabalho, lazer e relacionamentos.

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