Com uma história que vem fecundando uma sólida carreira musical e artística desde 2009, a violonista Estela Ceregatti, a percussionista Juliane Grisólia e o pianista e contrabaixista Jhon Stuart formam o grupo Monofoliar. Em 2015 eles lançaram o segundo disco “Simbiose”, e que agora está disponibilizado pela internet. Você pode adquirir o seu na rede por aqui SIMBIOSE

mel melãoCom uma trajetória bastante significativa o grupo já realizou inclusive um espetáculo infantil de alto nível, o elogiado show “Mel de Melão”. Show que trazia um repertório autoral, incluindo poemas musicados de Cecília Meirelles e Ivens Cuiabano Scaff.

Foram selecionados para participar de turnê nos Estados da Amazônia Legal, com o projeto Amazônia das Artes, através do qual circularam por 10 estados brasileiros. Também foram agraciados com a seleção de seu trabalho para participar do Festival Nacional FEMUSIC, em Maringá, no Paraná.

Nessa época, em 2013, circulavam com o espetáculo que levava o nome do grupo “Monofoliar”, uma experiência sonora resultante de intensa pesquisa. Segundo o grupo entre as influências de seu trabalho estão Hermeto Paschoal, a música de concerto, música étnica e outras.

monoTenho acompanhado as peripécias musicais dessa turma há um bom tempo e eles evoluem bastante a cada novo trabalho, a cada nova aventura no território das experimentações artísticas, das experiências singulares e sensíveis.

O Monofoliar, que tem uma orquídea rara no nome, é um grupo que atua misturando a música ao teatro, à performance, iluminação, cenografia, enfim, ao que chamam de música cênica, que explora outros sentidos. Eles ousam ser experimentalistas nesse tempo louco em que a maioria dos artistas busca se conectar com as regras de um mercado torpe e torto.

Mas eles têm seu espaço nessa seara que não visa apenas ao mercado, dos artistas que têm compromisso com a cultura e com a vida das pessoas. Mas não se iludam, todos eles sobrevivem do que fazem, cada qual ao seu modo, vivem da arte, da música e da educação. Uma folha solta no universo bendito das ondas musicais.

foliaEm sua música experimentam ritmos e gêneros musicais universais, de outras geografias, utilizam instrumentos, para muitos, exóticos, como o mocho, típico cuiabano, bem como o didgeridoo, de origem australiana, ou o derbak, tradicional na música árabe, entre outros.

Estela, John e Ju Grisólia fazem essa conexão com os sons que emergem da natureza das coisas e da diversidade cultural. Esses três compõem um conjunto numa medida extra, capazes de ouvir o silêncio e a respiração uns dos outros e trafegam ali numa harmonia mágica extraindo sons de todas as possibilidades que estão à mão. Entram e saem do jogo dos sons como uma brincadeira, sim, é lúdico, é brincante o som deles. Já dividimos palcos e sempre foram talcos a espalhar perfumes de alegria.

melCada qual na sua mágica espacialidade cria suas camadas sonoras que se harmonizam divinamente. Letras que celebram a vida, as forças naturais, a necessidade de harmonia, são cantos de esperança. Cantam e compõem colares que se unem pela música de resistência cultural, quase índio, quase indiano, quase oriente, quase ocidente, não há limites para suas experiências sonoras. Seu compromisso é com a vida, com as pessoas, levando a experiência artística de uma forma em que não há separação entre a arte e a vida.

monofoliar_b_620Navegam nos mares da música. Nas possibilidades milionárias dos timbres. Navegam pelos oceanos sem fim da criatividade. Arredondam, trilham curvas, com sonoridades macias e aconchegantes. Fazem e refazem percursos nunca dantes navegados. Extraem a essência de suas percepções de um vasto universo de possibilidades sonoras mágicas e fecundantes.

PS: Outros áudios estão disponíveis para download AQUI.

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