Por Gilda Balbino*

O processo migratório em massa para a Europa provoca uma disparidade sem precedentes. Há uma inversão nesse processo já que no passado, eram os europeus que migravam para diversos países.

Havia um processo de assimilação cultural e o imigrante, aos poucos, tornava-se parte do país. Hoje isso não mais acontece. Os governantes europeus entendem que representam culturas superiores e os imigrantes representam culturas inferiores, não existindo essa assimilação cultural.

Amnesty activists send an S.O.S to Europe from the Greek island of Lesvos, July 2013. Testimony suggests that the Greek border police and coastguards regularly push back refugees and migrants trying to enter Europe via the Aegean Sea and along the river Evros.
Amnesty activists send an S.O.S to Europe from the Greek island of Lesvos, July 2013. Testimony suggests that the Greek border police and coastguards regularly push back refugees and migrants trying to enter Europe via the Aegean Sea and along the river Evros.

Vivemos num mundo globalizado, multicultural, onde dependemos uns dos outros para sobreviver. Os imigrantes chegam a um pais para trabalhar, pagam impostos, cumprem as leis e querem ser reconhecidos como cidadãos. Mas não querem abrir mão da sua origem, da sua identidade.

O processo migratório para o Brasil feito por haitianos, bolivianos, africanos dentre outros, apresenta diferenças culturais, sociais, linguísticas, de gênero. O desafio que encontramos é  aprender a conviver com essas diferenças. A cultura dominante  precisa interagir com eles até porque, a longo prazo, essa situação pode ser de grandes benefícios para todos.

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Não há uma solução milagrosa ou rápida para o problema dos refugiados e  imigrantes. Estou convencida de que um mundo diferente, melhor do que temos hoje é possível desde que estejamos dispostos a aprender, a respeitar a autonomia dos povos, construindo uma convivência ética, justa e solidária.

*Gilda Balbino é assessora parlamentar, especialista em gerência de cidades pela FAAP.

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