Preparem as mentes e os corações hard que o inverno vai esquentar em Chapada dos Guimarães. Depois de um longo tempo de hibernação a galera roqueira saiu da toca e vai fazer o chão tremer no Hostel Chapada (fica atrás do Mercado Bom Preço) com 10 bandas representativas do underground cuiabano e mato-grossense. São parte da expressão da atual cena musical que contempla a diversidade de estilos.

Programações paralelas ao Festival de Inverno de Chapada, versão oficial, vêm ocorrendo desde o final dos anos de 1980 com o Borduna Cultural, invenção do genial provocador Liu Arruda, como uma forma de protestar contra o chamado Show Business, ou mainstream, como preferir, que sempre foi a tônica das versões oficiais. O artista local sempre fica relegado a um plano menor com cachês pífios, visibilidade mínima e condições inferiores na realização dos eventos pra lá de comerciais. Sempre se reclamou da falta de sensibilidade dos gestores em criar uma programação mais cultural, mais responsável com a cidade e que deixe um legado para os habitantes locais.

O Koringa, entre duas amigas

Com essa pegada de protesto, ou mesmo de afirmação do espaço underground, a galera, capitaneada pelo Cristiano Nakazato, o Koringa, com a mão do poeta Sandrão (ex vocalista da banda Fantasma), resolveu bancar a cena e criou o evento O Underground em Chapada. A programação vai contar com bandas como a Lord Crossroad, Vintage, Zumbi Suicida, Eddy Force One, Ato Reverso, Laura Paschoalick, TCA, KUNK, Coronela e The bananas Chips. O palco terá momentos de liberdade para atrações que surgirem durante o evento. Vai rolar também oficina de grafite e sorteio de tatuagens.

Local do evento, Hostel Chapada

Koringa disse que estão fazendo o evento na raça, na porrada mesmo e conta com a participação maciça da galera roqueira que vai subir e que busca alternativas à programação oficial do Festival de Inverno. Resistência cultural e mobilização são formas de fazer a cena underground se manter viva, aos trancos e barrancos, mas sempre atuante, às vezes mais, às vezes não. É isso, estamos solidários com a moçada que se arrisca e que vai riscando uma história resistente e solidária com os artistas dos subterrâneos de Cuiabá e Mato Grosso. Subir pra Chapada e mergulhar no underground, é uma alternativa bem legal. Dias 28, 29 e 30 de julho, e a festa continua na outra semana, nos dias 4, 5 e 6 de agosto. Entrada: R$15,00 + 1 Km de Alimento não perecível. Bora?

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