“Eu vim aqui/ pra te dizer/ que eu te senti/ mesmo estando longe”. A conexão que nunca se perde. Estar, mesmo sem ser em presença física. O Cidadão Cultura realiza mais um debate, desta vez é Música na #tchapa e via Skype, recebemos um dos nossos filhos pródigos, Hélio Flanders do Vanguart. “Demorou para ser, mas agora é”.

A poesia dos Vangs conquistou o Brasil que tem um só coração e hoje canta a mesma canção. Interligar Cuiabá com todo o país e trocar experiências, narrativas, sobre os caminhos possíveis para os músicos, produtores e artistas que vivem a cultura e arte como forma de sobrevivência, de transformação, de mudança, de resistência.

Música na #tchapa com Hélio Flanders - Arte: Fabrício Chabô
Música na #tchapa com Hélio Flanders – Arte: Fabrício Chabô

O mediador do Música na #tchapa será Eduardo Ferreira que já solta o verbo para o que vai rolar no dia 25 de maio, próxima quarta-feira, véspera de feriado.

“Vivemos um momento da vida brasileira tão conturbado que é hora de repensar posturas, atitudes, posicionamentos diante da vida. Considero imprescindível abrir o leque de possibilidades, de tantas cabeças quantas forem possíveis, para recriarmos utopias, novos sentidos para a luta por um mundo realmente melhor. Esses encontros na tchapa soam como música para mim, sinto um frescor muito pertinente nesse movimento que vem se formando de forma despretensiosa, muito animador. Pois tem, reunido novíssimas figuras em torno de um pensamento que é coletivo, ético, solidário, colaborativo, que são palavras chaves para a compreensão desses novos tempos que virão”.

E bater um papo com Hélio Flanders significa para o Cidadão Cultura, o reconhecimento de uma poética local que expandiu para o nacional, global, para múltiplas conexões.

Vanguart e Orquestra do Estado em especial Raul Seixas - Foto: Mayke Toscano / Gcom MT
Vanguart e Orquestra do Estado em especial Raul Seixas – Foto: Mayke Toscano / Gcom MT

“Aliás essa questão do local e do global, o glocal como gostam de dizer me parece meio idiota uma vez quer todos ocupamos o global, e todos somos locais, não há diferença entre minha aldeia e a sua, ou, tem as diferenças que são inerentes e óbvias. Não me sinto provinciano, ao contrário, a mente não tem fronteira, nem pátria, nem nação, somos todos humanos, uns aqui, outro acolá. Descolonizar as cabeças para avançar para uma compreensão de que os governos cada vez vão poder menos. O poder mesmo está cada vez mais deslocado, as novas tecnologias proporcionam a possibilidade de se fazer consultas diretas, de criarmos zonas autônomas e pulverizar a ideia de um poder central. Encontros musicais na tchapa, precedem outros e outros, e pressupõe um avanço pelos vários lugares da cidade, do país, do mundo”.

Então o esquema é o mesmo! Desta vez é “Música na #tchapa”, no dia 25 de maio às 20h, no bairro Boa Esperança, Rua 43, nº 273 (QG do Cidadão Cultura). Para se inscrever basta encaminhar um email para cidadaocultura@gmail.com, com seu nome completo e telefone para contato. O cardápio para acompanhar o debate será ‘hot-dog’ com refrigerante, afinal a ilustração de Alexandre Santana, de Hélio Flanders como chef foi uma ótima pedida! O custo da inscrição é de R$10. Corre lá que são apenas 20 vagas!

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Marianna Marimon, 30, escritora antes de ser jornalista, arrisco palavras, poemas, sentidos, busco histórias que não me pertencem para escrever aquilo que me toca, sem acreditar em deuses, persigo a utopia de amar acima de todas as dores. Formada em jornalismo (UFMT) e pós-graduação em Mídia, Informação e Cultura (USP).

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