No último debate que participei com o famigerado Fórum Permanente (?) de Cultura de Mato Grosso fiz uma proposta que considero exequível e que essa dita classe cultural (e ouso dizer que não existe classe cultural, isso é balela, pura falácia) sequer se dignou a debater apesar de muitos considerarem excelente a ideia, de se criar um fundo de cultura a partir de uma contribuição pequena sobre a arrecadação do agronegócio (uma taxa bem pequena já faria um barulho tremendo) – lembro que sugeri até um nome, um selo – o AGROCULTURA.

Mas a galera só se mexe quando a água bate na bunda, no bem dizer do homem pantaneiro. No caso aqui, quando a água bate em algumas bundas. Mas, a dita reunião com o governador recém eleito na época, Pedro Taques, tinha como objetivo a permanência da Secretaria de Estado da Cultura. A secretaria continuou a existir e de lá para cá, nada mais avançou, o Fórum sumiu, escafedeu-se, acomodou-se uns aqui e outros ali e mais uma vez esvaziou-se o debate, as discussões de propostas de políticas culturais públicas para Mato Grosso. Sempre fui considerado meio “terrorista”, a ponto de ouvir dizer, fofoca mesmo de alguns colegas, que o Paulo Traven estaria temeroso em me dar a palavra na reunião com o governador. Temia um discurso meu “bafônico” na dita reunião. Mas, falei, e viu-se que tinha muito a acrescentar, mas deixa pra lá.

O que vejo é muita gente mais preocupada com os editais de cultura, com a divisão dos recursos (parcos) direcionados para investimentos no setor. Aliás, o que vejo hoje é um bando de artista de edital de cultura. Aff. Cara, uma obra se constitui durante toda uma vida, dependendo do talento, do esforço criativo e do nível de comprometimento. Isto de se restringir aos concursos e editais públicos, que por mais que queiram se isentar os escolhidos são a dedo para contemplar o modelo de política que querem apresentar e aí se privilegiam em grupos, é uma forma de assassinato da cultura, como diz meu bom amigo e parceiro Wlademir Dias Pino.

Wlademir Dias-Pino
Wlademir Dias-Pino

Mas, voltando ao assunto estou cansado dessas mobilizações eventuais e oportunistas (como a de agora para constituição do Conselho Estadual de Cultura). Um aperitivo da pior qualidade e que já não alimenta a fome de discutir política cultural. Ninguém quer debater nada. Uns querem holofotes, outros querem sua porção na divisão do bolo de recursos – uma autêntica grita dos descontentes que fragiliza cada vez mais, que desmobiliza cada vez mais, enfraquece o nível (não seria o comprometimento?) dos debates, as lutas (pobres lutas atônitas, pelo que a gente luta mesmo?). O que vejo é a galera cada vez mais dependentes das ações e dos recursos do estado, da prefeitura, da União. Todos cada vez mais pobres, menos dinheiro e menos alargamento da vista, da visão, da conexão com as ruas e os movimentos vivos. É isso que interessa, apoiar todos os movimentos vivos que estão pipocando por aí.

Mas existe o predomínio de uma visão profissionalizante, de mercado, que não representa a cultura como produção intrínseca ao modo de vida, ao meio, comprometida com a formação dos lugares que moramos. Cultura tá muito além de ser coisa de panelinhas ou panelaços amarelos de sem graceza de bandos de artistas disso ou daquilo. A coisa é ampla, é dinâmica e se produz no dia a dia, independente de política estatal.

Sempre foi assim, a cultura tem que tá lá na frente, na vanguarda do pensamento, do comportamento, provocando atitudes que forçam as mudanças, as grandes transformações. Não, não queremos políticas de gabinetes, nem de academias, nem de grupelhos que se aninham feito bezerro no meio do pasto em busca das tetas da grande vaca. Elas não vêm de um gabinete. Não vem de ninguém, nem de um governador, presidente da república ou secretário de cultura. Aliás, você sabe quem é o secretário de cultura de Cuiabá? O cara que se negou a dar uma entrevista para a imprensa? Se apresente, meu caro, muito prazer!

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Diz aí Paulo Traven, Carolina Barros, diz aí, qual é? Qual foi a desse período em que estiveram na prefeitura com o Beto, secretário de cultura, esportes e turismo? O que fizeram? O que puderam acrescentar nesse vazio imenso que está aí. Foram anos de vazio e desesperança na discurseira, nas eternas propostas de formação e o escambau e nada andou e nem anda. Nada avança. Nada acontece. Puta que pariu, cansei desse joguinho de guerras por interesses de grupos, ou de estratégias pérfidas de derrubar quem está no poder. Quem és tu Eduardo Mahon, que entra de gaiato no navio a reboque de Academias, velhas e insossas com políticas velhas que nunca levaram a nada? A não ser chazinhos de ocasião para falar dos últimos dez livros que publiquei. Cada autor na sua caixinha no seu quadradinho mágico de letras inócuas. E mais outros, quem são vocês, o que estão fazendo, criando, pensando?

Quero mais é provocação, quero mais é contribuir para animar esse carnaval sem graça a grassar verbos inúteis miúdos e sem sabor. O coro dos bacanas, o coro das bacantes. Salve salve Dionísio! a evocar forças divinas de criação e celebração nesse carnaval de 2017.

Acorda Leandro, secretário dos espetáculos. A sociedade está aí, tentacular, a esboçar novas revoluções mas com o espelho voltado para frente. Gratidão pela sua competência em organizar a casa e fazer avançar uma porrada de coisas que tenho preguiça agora de enumerar. Mas é preciso mais, é preciso sair da foto e cair na real. Foto é para reproduzir ações de marketing, de convencimento artificial da sociedade de que está fazendo algo, mas muitas vezes só serve para as fotos mesmo. Tantos seminários e tão poucas conclusões. Ah, Fernando Pessoa, salve-me, “a única conclusão é morrer!”. Mas, é preciso concluir o discurso e ir além, ir pro abraço, fazer a festa com os movimentos que vibram por aí, e são muitos, muitos!

Cadê os companheiros de luta por uma cultura livre e autônoma se provocando criando movimentos livres mobilizações artísticas e de conhecimento? A cultura, historicamente, sempre esteve na vanguarda e na resistência dos movimentos sociais, diferente desse momento de letargia. Vejo todos anestesiados, envelhecidos e inertes diante da possibilidade da morte.

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Enfim, senti-me na obrigação de dizer que já vi esse filme, já vi essa foto e não tô a fim de repetir.

Quando propus o fundo AGROCULTURA era para balizar o sentimento ou o nível de comprometimento da galera e do governo em buscar fontes de recursos daqui mesmo. Sem essa de que seria mais um imposto, seria uma doação, doação consciente desse povo do agro que tira tudo de nossa terra e não devolve nada para nosso povo. Ao contrário, nosso povo é envenenado dia a dia nas margens das plantações com agrotóxicos a espalhar doença e morte. Uma provocação que fiz, mas que é extremamente exequível e isso seria uma revolução.

A palavra está aberta. De quem é a palavra?

9 Comentários

  1. Parabéns ! Eduardo, é mais do que urgente se discutir a Cultura. Pergunta: Com quem ? Resposta : Não nos interessa ! NB : E assim caminha a mediocridade.

  2. Dudu não se mistura com esses vampiros…faça como DiasPino….distância e equilíbrio…não se contaminem….essa questão é global..o mundo está muito doente…da cabeça.

  3. Meu caro e eterno “provocador” Eduardo,
    talvez como vc cita em seu texto seu espelho também pode estar apontado pro lado errado…
    Mas provocações a parte, penso que estamos velhos pra citar o nome dos outros com base em fofocas, como vc relata… Caetano chamaria de deselegância discreta e eu de indiscreta.
    Acredito que todos nós fizemos e fazemos o nosso melhor dentro de nossas possibilidades, de acordo com o que podemos e conseguimos diariamente, e incluo vc…
    O que nos deixa ou já nos deixou a todos em xeque ou seria em cheque?
    Busquemos em nossas memórias…

    Ainda citando a letra de Sampa…
    “Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
    Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
    É que Narciso acha feio o que não é espelho
    E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
    Nada do que não era antes quando não somos mutantes
    E foste um difícil começo
    Afasto o que não conheço
    E quem vende outro sonho feliz de cidade
    Aprende depressa a chamar-te de realidade
    Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso”…

    Diálogo sempre.

  4. Meu querido burocrata da cultura mato-grossense Paulo Traven, José Ângelo Gaiarsa, no Tratado Geral Sobre a Fofoca, afirma que, quando fazemos fofoca de um indivíduo, colocamos nele todos os preconceitos que estão dentro de nós. E, ao fazermos isso, automaticamente nos livramos de qualquer defeito, tornando-nos modelos de perfeição. “A quantidade de fofoca que existe no mundo e em cada pessoa é exatamente igual à quantidade de desejos humanos não realizados – à frustração cósmica – de cada um”. E mais: “A fofoca é o dispositivo social que mantém – ou tende a manter – cada um no seu lugar. Trata-se da mais lídima expressão da burrice social”.

    Acho que vou virar o espelho novamente para frente: partido como o Conde de Ítalo Calvino. Tô velho demais para Narciso. Ainda mais na canção do Caretano Velório.

    Antes que me esqueça: acredito muito mais no blá blá blá dos bastidores do que na esperteza da burocracia. Nos bastidores da fofoca é onde circulam as maiores e as menores verdades. Os documentos oficiais, estes sim, mentem, mentem e metem o pé na bunda da história.

    Mas, Paulo, a discussão aqui não é sobre você e muito menos sobre mim. Você se esqueceu de falar das coisas que realmente importam, as várias questões colocadas no texto acima. Por que te calas?

  5. Quem cala consente!
    Acho que a provocação é necessária, pois muitas questões apontadas pelo Eduardo são pertinentes. Esse modelo arcaico e clientelista já deu. Há tempos a cultura não é pensada de forma ampla, fora dos editais do Governo. Sempre pensei na cultura como um ferramenta de transformação, já participei e participo de muitos projetos independentes para criar, fomentar e distribuir arte dos mais variados nichos. Isso sem apoio nenhum por parte do Governo. Acredito na descentralização dessa arte, existem muitos bairros em Cuiabá carentes de cultura, mas insistimos em centralizá-la, excluindo quem realmente precisa dela. Chega de arte para artista ver. Só seremos capaz de mudar essa realidade, se realmente revermos a forma de fazer cultura.

    Como já dizia Albert Camus: “Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva.”

  6. Boa tarde caríssimo,
    Eu não entendo o por que deste antagonismo que vcs incentivam, quando satanizam editais, verba pública, em detrimento do que chamam de cultura livre e autônoma.
    Meu querido Eduardo a participação em editais, e a relação com o poder público é uma opção, não sendo obrigatória, e até onde lembro vc também é, ou foi por varias vezes um usuário beneficiado por estes instrumentos de fomento. Lembro que quando fui conselheiro Estadual de Cultura vc teve um projeto aprovado, vc participou do DOCTV e foi um dos premiados, esteve trabalhando como gestor público algumas vezes, recentemente em VG, foi um dos coordenadores do Projeto Casa Brasil, participou no ultimo edital municipal do audiovisual, e se não me engano ainda trabalha na Assembléia, e me entenda bem, não aponto isso como desfavorável, só acho incoerente satanizar quem participa de editais, chamando-os de artistas de editais…
    Não penso que um artista, produtor, agente cultural é melhor ou pior por se valer de seu direito em concorrer por verba pública de forma ética e legal. Penso que isso é uma opção. E acho louvável quando pessoas se reúnem para pensar, contribuir, exigir que seus direitos sejam assegurados e tentar melhorar o sistema por meio de diálogo.
    Quanto a se calar… pensei que havia respondido sua pergunta direta a mim: “Acredito que todos nós fizemos e fazemos o nosso melhor dentro de nossas possibilidades, de acordo com o que podemos e conseguimos diariamente, e incluo vc…”
    E retorno a pergunta a vc, neste tempo que vc foi gestor em VG, acredito que vc fez o seu melhor, mas não acredito que vc conseguiu resolver o problema da cultura e da comunicação em nosso município vizinho… ou conseguiu?
    Quanto a sua idéia, batizada por “AGROCULTURA” talvez seja uma boa idéia, mas com certeza exigem um grande empenho de todos e principalmente de vc que a lançou publicamente.
    Então vamos lá, para que ela tenha alguma chance de virar realidade o caminho esta dado em seu texto é só seguir. Usarei suas palavras: Precisariamos fazer o que vc chama de “Mobilização eventual e oportunista”, como se trata de uma idéia que envolveria mudança em legislação, teríamos que peregrinar pela Assembléia e tentar construir o que vc chama de “políticas de gabinetes” convencendo os deputados, e comissões parlamentares sobre a genialidade e o alcance social de sua idéia, ainda precisaríamos ir aos “gabinetes” das entidades defensoras do agronegócio e tentar convence-los que taxa-los seria apenas uma contribuição para a criação deste fundo e que traria benefícios para todos.
    Seria bom angariarmos o apoio da sociedade e fazermos “passeatas”, “reproduzir ações de marketing de convencimento artificial da sociedade, de que estamos fazendo algo” bom e proveitoso, poderíamos fazer “panelaços amarelos de sem graceza com bandos de artistas disso ou daquilo”.
    Depois seríamos acusados por parte da sociedade que, mais uma vez estamos querendo “holofotes, outros querendo sua porção na divisão do bolo de recursos – uma autêntica grita dos descontentes”. Por fim alguém faria um texto dizendo que somos apenas um “grupelhos que se aninha feito bezerro no meio do pasto em busca das tetas da grande vaca”, enquanto os agricultores trabalham a terra…
    Eduardo esta seria uma forma de construir politica a partir de sua idéia, talvez desse certo, talvez não desse… Há pouco tempo a UFMT de forma bem intencionada fez um seminário para discutir taxação do Agro, Deputados e parte do Governo tentaram discutir este assunto e não conseguiram sucesso. Uma pena, mas me coloco a sua disposição nessa luta, se vc tiver outro caminho, mais eficiente e legitimo, ficarei feliz em ouvir e contribuir. Infelizmente idéias são apenas idéias até que se realizem.
    Como diz Jorge Mantner: “Na Prática a teoria é outra”.

  7. Que maravilha, Paulo Traven! Sua disposição sempre me impressionou. Com certeza você é a cara dessa luta toda, esteve sempre presente (não estou de sacanagem não, sem ironias, é sério). Respeito muito sua coerência e sua fala aqui acima também é bastante coerente, apesar de você ainda ficar um pouco restrito a você e eu.
    Não tenho nem como negar as dificuldades de se fazer alguma realização efetiva no atual modelo de gestão pública dominada por políticos afeitos à imagem e ao poder pura e simplesmente – nunca tive a pretensão de resolver todos os problemas da cultura e muito menos da comunicação (este é um tema que ainda quero problematizar) quando fui gestor em Várzea Grande. Aliás, é aí que mora minha birra. Quando vi que o caminho da política tradicional foi um laboratório e uma experiência de grandes decepções e frustrações e que agora posso dizer que considero bastante nocivo e ineficaz no campo da construção de uma revolução cultural. Percebi que é preciso desatrelar sim, de que o aparelhamento estatal no campo da cultura é extremamente perigoso para as liberdades que tanto lutamos. É preciso separar bem o papel do Estado que deve atuar como indutor do desenvolvimento das potências vivas que brotam o tempo todo na sociedade e não de conduzir ao seu bel prazer e formar consciências e expressões criativas a partir de um modelo político. Esse aparelhamento é maquiavélico e busca padronizar, ideologicamente, tal qual um espelho para reproduzir seus valores de forma autoritária, uma hegemonia que foge de nossas pretensões de autonomia e liberdade para expressar e criar valores simbólicos, artísticos, filosóficos e humanistas. Sei que vivemos um momento de crise terrível que busca deslegitimar todas as conquistas democráticas em todos os campos da produção social. É preciso politizar sim nossos movimentos, achei horrível aquela foto da reunião de meia dúzia de pessoas no gabinete do governador na semana que passou buscando um diálogo que me parece mais um jogo de cena, mais um aceno midiático para sair bem na foto. Grotesco, eu diria, aquilo não me representa.
    Claro, não sou hipócrita de negar que já realizei algumas pouquíssimas obras com recursos públicos, muito pouco por sinal pelo que posso realizar, tenho centenas de projetos engavetados, mas isso não me enfraquece, ao contrário, fortalece a posição de independência e de busca de outras formas de sobrevivência nessa selva dura da realidade. Minha crença na arte está acima das possibilidades de realizar ou não. Não quero ofender ninguém, só quero distância dessas pessoas que só criam a partir do estímulo dos editais e você sabe muito bem que tem uma penca de artistas de editais sim. Fora disso são incapazes de realizar qualquer coisa.
    Vou citar outras experiências que vc não relacionou, fui também conselheiro/ consultor e avaliador, contratado do Programa Cultural da Petrobrás no Rio de Janeiro, por méritos próprios e indicação do antropólogo e agitador cultural, Hermano Vianna, uma experiência onde mais uma vez pude constatar como esses processos são dirigidos sim, não são isentos e muito menos éticos, você sabe disso, existe um dirigismo das coordenadorias políticas desses processos em todas as esferas de poder, seja municipal, estadual ou federal. É ingênuo acreditar em isenção. E lá fui ruído, Paulo, provocador, como sempre, briguei muito para angariar recursos para o festival de cinema de Alta Floresta (e, consegui!), argumentando sobre a necessidade de descentralizar e distribuir os recursos de forma a beneficiar o maior número de estados e ações país afora.
    Você não mencionou também que fui um dos primeiros conselheiros na instalação do Conselho estadual de Cultura de Mato Grosso no governo Dante de Oliveira, ao lado de Ricardo G. Dicke, Roberto Victório, Aline Figueiredo, Ivens Scaff, Divino Arbues, Aline Figueiredo, Júlio Delamônica e a Marlene Cazarin – fui ruído ali também, ao desobedecer, quando o secretário de cultura Elismar Bezerra, pedido do governador, tentou me convencer a ajudar na aprovação de um projeto (Micarecuia) do filho de um desembargador e me neguei a fazer aquele papel. Fui expulso do Conselho e até ameaçado de agressão física. Fiquei isolado, amaldiçoado, debatendo sozinho. Todo mundo se calou com medo de perder espaços, ninguém se expôs publicamente, mais uma vez o “terrorista” aqui ficou disparando palavras e ideias ao vento. Como vc mesmo disse, “ideias são apenas ideias”, mas é daí que surgem os ideais, meu caro Paulo.
    Quando digo tudo isso não é te cobrando no sentido ingênuo de acreditar que vc poderia resolver todos os problemas que envolvem a gestão pública quando ocupou o cargo de secretário-adjunto de cultura em Cuiabá (por indicação minha, pergunte ao Beto), mas muito mais no sentido de expor nossas fragilidades quando nos associamos aos entes públicos de uma maneira pequena, diminuta, enfraquecidos, dependentes da boa vontade dessas estruturas de poder. Ao contrário, meu irmão, quero mais é debater outras alternativas de fortalecimento dos movimentos vivos da sociedade e não perpetuar esse jogo de interesses onde se privilegia esse ou aquele grupo.

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